No início de 2018, na segunda metade de Janeiro e a noroeste do arquipélago da Madeira, Humberto Roberto naufragou no momento em que registava a maior nuvem jamais formada sobre terra ou mar. Não fosse um imprudente ex-jornalista e o acontecimento afundar-se-ia incógnito, como aliás fora quase toda a vida daquele indivíduo anónimo mas de nome curioso.

O livro é um conjunto de três peças (um conto, uma entrevista e uma selecção de imagens) que constitui tudo o que foi possível reunir sobre um dos mais excepcionais nefologistas da era moderna. Afinal, estamos perante alguém que nomeou formas, estabeleceu métodos e especificou sub-classes de nuvens… enquanto descobria, por acaso, que estas também nascem, morrem e se extinguem, como todas as espécies, como todos nós.